Conhecemos Vanessa Olmos no dia em que a Yumping patrocinou o Campeonato do Mundo de Salto B.A.S.E. e desde então não parou de praticar desportos de aventura. Com quantas atividades já se aventurou? Durante as duas temporadas que o programa Xtreme Xperience está no ar, já somou mais de 50 desafios.

A nossa geografia tem paisagens maravilhosas e lugares incríveis para praticar desportos radicais e, graças a este programa, poderás conhecê-los. Nesta segunda temporada, vamos vê-la com famosos que enfrentarão diversas aventuras, como motos de água, espeleologia ou quads.

Vanessa Olmos com desportos de aventura


Yumping.- Atualmente estás a gravar a segunda temporada do programa Xtreme Xperience, emitido pelo Canal +. Como chegaste ao mundo da aventura?
Vanessa Olmos.-
Cheguei precisamente graças ao programa, porque antes quase não tinha praticado nenhuma atividade de aventura. Como apresentadora, nunca tinha feito este tipo de reportagens e, como desportista, tinha sido nadadora durante alguns anos, mas nunca tinha praticado atividades que envolvessem "risco".

Y.- Qual é o teu desporto preferido?
V.O.-
Agora muitos, a sério! Destaco sempre o paraquedismo porque é muito diferente de tudo o resto devido ao meio em que se pratica; não estamos habituados a mover-nos pelo ar a tanta velocidade com o nosso corpo. Mas também adoro descidas de barrancos, hidrospeed, esqui... E todos os que combinam diferentes meios, como o kitesurf ou o speedride. Ou o mítico surf ou bodyboard, que também são super divertidos. A verdade é que com todos se disfruta imenso e cada um traz algo diferente.

 Canyoning


Y.- E qual não praticarias nunca?
V.O.-
Nunca digas nunca, certo? Há coisas que experimentei e que no início achava que não conseguiria, mas que agora são das que mais gosto. Como muito bem disse a nossa convidada Raquel Sánchez Silva no episódio dedicado às atividades da Extremadura, "deseja o que temes". Embora, por exemplo, com o puenting ainda tenha algo a superar, mesmo depois de o ter experimentado três vezes. A equipa arma-se de paciência quando vamos gravá-lo porque posso demorar mais de 3 horas antes de saltar, sem exagero! (risos). Com todo o material posto e na beira da ponte, solto as mãos mas não dou o passo. Quando quase todos já pensam que não vou saltar, acabo por fazê-lo e nem sei como. Pelo menos foi assim da última vez.

Y.- Terra, mar ou ar?
V.O.-
Tudo junto! A sério, cada vez surgem mais especialidades que aproveitam diferentes meios ao mesmo tempo e são fantásticas. O extremo em cada um dos meios eu classificaria da seguinte forma: nas atividades de terra, o chão está muito perto e impressiona porque ninguém quer magoar-se; as de água dão-nos mais margem de manobra porque, a priori, a água não magoa, mas entram em jogo outros fatores e forças que não controlamos; e as de ar são totalmente alheias ao nosso meio habitual, onde os erros podem sair muito caros, mas permitem-nos realizar, por uns instantes, o sonho de voar que o ser humano sempre teve.

Felizmente, hoje em dia evoluiu-se imenso nos materiais e técnicas de todas as atividades de aventura e é possível praticá-las sem correr tantos riscos como há alguns anos.

 Pratica mergulho no gelo


Y.- Sabemos que já enfrentaste praticamente todos os desportos de aventura. Qual foi a situação mais difícil?
V.O.-
Antes de saltar de paraquedas, as minhas mãos tremiam e a garganta secava, mesmo estando cheia de vontade de o fazer; saltar de puenting parecia-me impossível; o descenso em mountain bike ainda hoje me parece muito complicado porque não estou tão disposta a cair como devia; o surf desgasta muito fisicamente, embora seja alucinante os poucos segundos que, no início, consegues ficar em cima da prancha; entrar numa gruta pela primeira vez e comprovar que, se apagares a luz frontal, ficas numa escuridão absoluta não é fácil, mas se além disso o fizeres com espeleomergulho, os nervos e a adrenalina disparam ao máximo... Às vezes, até o aparentemente mais fácil pode tornar-se numa verdadeira Xtreme Xperience quando se trata de aventura. Depois de ter experimentado mais de 50 atividades, ainda sinto borboletas no estômago quando desço numa tirolesa num parque de aventuras.

Y.- Qual consideras ser o melhor lugar de Espanha para viver aventuras como as que tu vives em cada programa?
V.O.-
Sou apaixonada pela Costa Brava e o Empordà, onde vivo, entre outras coisas porque aqui se podem praticar imensas atividades de aventura, mas com o Xtreme Xperience, especialmente nesta segunda temporada, descobri que Espanha é incrível. Temos aqui mesmo paisagens maravilhosas que às vezes associamos mais a outros lugares do mundo e que estão ao nosso lado, não é preciso ir muito longe. Temos à nossa volta uma variedade que não tem fim.

Y.- E no estrangeiro, já praticaste desportos radicais?
V.O.-
Ainda nos resta muito planeta Terra para descobrir. O mais longe que fomos com o programa até agora foi a França, Andorra e Portugal.

Y.- Nesta temporada do Xtreme Xperience, adicionaram um atrativo: desportos de aventura com famosos. Eles costumam ser muito corajosos?
V.O.-
Todos têm um pequeno aventureiro dentro de si e ele acaba por sair. Muitos nunca tinham experimentado atividades de aventura e é muito divertido ver como as enfrentam, como por exemplo Flipy com o Rafting, Nuria Roca com a condução extrema, Josep Lobató (a voz off do Xtreme Xperience) a rapelar pela primeira vez, Miguel Ángel Revilla a andar de balão, mas outros são especialistas em algumas, como o caso de Álvaro Bultó a voar com o traje de asas, Dario Barrio a saltar B.A.S.E. de um balão, Pocholo com o seu Jet Ski ou Víctor Janeiro a fazer espeleologia.

 Vanessa Olmos e surf


Y.- Viajas muito para realizar o programa. Sentes muita falta de estar em casa e ter uma vida um pouco mais estável?
V.O.-
Há temporadas para tudo. Estar de "tournée" a gravar é algo que toda a equipa adora porque conhecemos pessoas novas superinteressantes, lugares incríveis e enriquecemo-nos imenso com todas as experiências. Mas quando voltamos para casa e estamos com a família e os amigos também o agradecemos e recarregamos as baterias. O meu ideal é um pouco de tudo, mas sobretudo continuar a ter a oportunidade de viajar sempre que possa.

Y.- Quando começaste a tua carreira, imaginavas que acabarias a dedicar-te a isto?
V.O.-
Ui, dedicar-me a isto nem sequer o equacionava. Talvez com a prática de atividades de aventura se tenham ativado ainda mais as vontades de experimentar infinitas coisas na vida e não me encaixar em nada. Tenho muita vontade de experimentar novos formatos e fazer um milhão de coisas. E tenho muito claro que não sou uma desportista radical, mas sim uma apresentadora que teve a sorte de praticar imensas atividades de aventura e que se tornou fã absoluta delas.

 Rapel


Y.- Os desportos de aventura viciam?
V.O.-
Totalmente. E no bom sentido da palavra. Porque trazem muitas coisas boas. São muito divertidos, fazem-te desligar, fazem-te conhecer melhor as tuas limitações e superares-te, conheces pessoas novas e relacionas-te, geram adrenalina em maior ou menor medida e é fantástica a química do nosso corpo porque nos oferece estas sensações apenas com as nossas experiências. Tudo isto junto dá-te mais vontade de aprender, descobrir e, em suma, viver. Como é que não há de viciar? A vida vicia!

Y.- Que desportos de aventura recomendarias como iniciação para os utilizadores da Yumping?
V.O.-
Recomendo tentar experimentar, na medida do possível, todos os meios. Uma via ferrata para te aproximares da escalada, um percurso de mountain bike ou de quad, um dia de rafting, uma descida de barranco, um tandem de parapente ou paraquedismo, praticar esqui, um batismo de mergulho, etc.

 Canyoning


Y.- Achas que os desportos de aventura são para praticar com amigos ou também em casal?
V.O.-
Tanto com amigos como em casal, em ambos os casos farão com que conheças melhor a outra pessoa e que as experiências que vivem os unam. O ideal é que o parceiro seja um dos teus melhores amigos e os desportos de aventura costumam trazer o melhor de nós.

Posso garantir que depois de todos os nervos ou momentos de tensão que possas sentir, virá a satisfação, as risadas e a alegria.

Y.- Qual é o teu próximo grande desafio?
V.O.-
Adoraria conseguir voar melhor e aprender muito mais com o traje de asas, que é das coisas mais alucinantes que já experimentei, mas sem deixar de praticar tudo o resto. Os próximos desafios virão na terceira temporada e a equipa já está a preparar uns bons.

Y.- Até onde gostarias de chegar?
V.O.-
Até ao infinito e mais além (risos). Agora a sério, gostaria de conhecer mais a fundo o nosso planeta e até, se possível, parte do Universo.