Se já és um experto a esquiar, o próximo desafio que podes propor-te neste mundo são os saltos. Uma parte verdadeiramente técnica deste desporto que compõe uma cenografia verdadeiramente surpreendente. 

 Estâncias de esqui em Espanha


Podes, de forma caseira e por seres um completo amante deste desporto, gostar de praticar cada um dos diferentes saltos que se podem chegar a praticar. No entanto, existem diferentes competições nas quais os juízes terão em conta:

  • O movimento do salto.
  • O trânsito do início do voo.
  • A passagem do limite de queda sobre a pista de despiste ou, o que é o mesmo, a pista de aterragem do saltador.
  • A precisão e segurança.
  • A dinâmica e harmonia na execução do movimento.
O objetivo principal, em praticamente todas as competições de salto, é conseguir a maior distância possível sem prejudicar o estilo. No entanto, são muitos os competidores que preferem somar mais pontos na categoria de distância do salto em detrimento da pontuação de estilo. 

Buscam conseguir alguns metros a mais e, para isso, renunciam a um gesto correto na receção, ou seja, prescindem da técnica de telemark no momento de apoiar os esquis sobre a neve. 

Sabes o que é a técnica do telemark?

Geralmente, quando esquias, tanto o teu calcanhar como a ponta do pé estão completamente unidos aos esquis como tal, existe uma fixação completa. No caso do telemark, o pé só estaria unido à prancha pela ponta, deixando o calcanhar livre, sem ligações a nada. 

Neste caso, quando quiseres realizar uma curva aplicando esta técnica, inclinar-te-ás em modo de reverência, flexionando o joelho que se encontra no interior da curva  e será aplicado um maior peso no joelho externo à curva, fazendo com que o joelho que está mais flexionado, quase de joelhos, levante automaticamente o calcanhar.

 Esqui em Espanha


Quais são as fases do salto de esqui?


Para entender esta disciplina técnica, é necessário analisar o movimento do saltador e, para isso, vamos decompor o salto em cinco fases: partida, descolagem, voo, aterragem e travagem

A partida

O esquiador ganha a maior velocidade possível, adotando uma posição aerodinâmica. Os esquis deslizam paralelos sobre um rasto perfeitamente traçado na rampa do trampolim; as pernas estão flexionadas, o tronco flexionado sobre as coxas e os braços para trás. Desta forma, o saltador consegue atingir uma velocidade de mais de 100 km/h quando sai do trampolim.
 

A descolagem

É o momento mais importante do salto, já que a correta sincronização ao sair do trampolim é o que determina a distância do mesmo. Produz-se uma extensão rápida das pernas e uma projeção do corpo para a frente, que assegura uma boa posição durante o voo.
 

O voo

O saltador trata de planear, inclinando o corpo sobre os esquis, mediante um controlo absoluto dos seus movimentos. Os esquis situam-se numa posição em V, com as espátulas ligeiramente elevadas. Esta técnica, relativamente nova, fez a sua aparição há pouco mais de seis anos.

Anteriormente, os esquis iam paralelos e juntos; no entanto, ficou demonstrado que a primeira posição é a que permite chegar mais longe e hoje em dia é a consolidada. Os braços vão ao lado do corpo e são os que equilibram o saltador durante o voo, com o seu movimento e com o das mãos. À medida que se desenvolve a fase do voo, o saltador vai-se incorporando, até chegar ao momento da aterragem.

 Esqui de fundo em Espanha

A aterragem

O impacto da aterragem deve ser absorvido suavemente, com os esquis paralelos e mediante a técnica de telemark. Ao chegar ao solo, adianta-se um esqui sobre o outro e flexionam-se as pernas para absorver o impacto. Os braços mantêm-se abertos equilibrando o movimento.
 

A travagem

Uma vez finalizada a aterragem, começa a fase de travagem, na qual o esquiador deve levantar-se e travar sem perder o equilíbrio. Tem de manter uma trajetória reta e, para isso, realiza a travagem mediante a cunha, até ultrapassar o limite de queda sobre a pista de despiste (marcada com uma linha azul). Até esse momento, o saltador não deve cair. Se isso acontecer, a nota atribuída pelos juízes diminui bastante.

Passado esse limite, travara mediante a derrapagem, mantendo os esquis paralelos. Em alguns trampolins da Taça do Mundo, uma vez passado o limite da zona de despiste, uma forte rampa permite travar sem necessidade de derrapagem.

Os juízes analisam cada uma destas fases e atribuem a nota correspondente. E agora que sabes tudo o que os juízes têm de ter em conta para pontuar esta disciplina. Animaste a demonstrar as tuas habilidades como esquiador?